Amontoados belos
Montanhas sonolentas de raras belezas
entre os esquecimentos e as devastações
o canto dos teus pássaros se ouve
ao longe! onde o trem logo motiva
que o som de outros vagões, também viagem
nessa Maria Fumaça da memória
com trilhos tão suaves feitos as teclas
de um piano agudo e emergente
como nova manhã de luz e trégua
com sentimento bom de esperança
e de cordialidade em gafieira
onde o samba-canção embala os gestos
dos casais nessas danças tão dolentes
que faz o amor seguir a novos rumos.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Abelha rainha
Subir na ponta é como a bailarina
faz a dança, enquanto a arrogante
se sobe nas tamancas e até trina,
para depois ficar com tromba de elefante;
zangada rainha viúva de zangões,
amazona briguenta que nem dança
nem permite a alguém fazer canções
de um amor perene e esperança;
mas tanta falta faz a delicadeza,
que sem ela a queda é bem mais feia,
e ao se espatifar nem riso ou escárnio
permite quem se esvai sem ter leveza,
mas faz o seu trabalho igual aranha em teia,
retrai quem ao seu lado é só catraio.
--------------------------------------------------------------------
Submundo digital
Em submundo digital onde o emissário
não é submarino mas tem muita escória
humana, viajava um voyeur c’ a estória
de nunca conseguir voltar do mar ao rio;
um mar de efluentes era o desejo
adoecido e doido, doído e ao ensejo
do gatilho da ânsia vinha a recidiva,
de assistir pornografia sem uma diva
doidivana sem pudor que aceitasse o amor
de uma psique insana que gozava em dor
seu sadomasoquismo, com muito conflito;
até que começou a ver fotografia
de uma gata linda que disse o queria,
e o ensinou na cama a não ser mais aflito.
Montanhas sonolentas de raras belezas
entre os esquecimentos e as devastações
o canto dos teus pássaros se ouve
ao longe! onde o trem logo motiva
que o som de outros vagões, também viagem
nessa Maria Fumaça da memória
com trilhos tão suaves feitos as teclas
de um piano agudo e emergente
como nova manhã de luz e trégua
com sentimento bom de esperança
e de cordialidade em gafieira
onde o samba-canção embala os gestos
dos casais nessas danças tão dolentes
que faz o amor seguir a novos rumos.
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Abelha rainha
Subir na ponta é como a bailarina
faz a dança, enquanto a arrogante
se sobe nas tamancas e até trina,
para depois ficar com tromba de elefante;
zangada rainha viúva de zangões,
amazona briguenta que nem dança
nem permite a alguém fazer canções
de um amor perene e esperança;
mas tanta falta faz a delicadeza,
que sem ela a queda é bem mais feia,
e ao se espatifar nem riso ou escárnio
permite quem se esvai sem ter leveza,
mas faz o seu trabalho igual aranha em teia,
retrai quem ao seu lado é só catraio.
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Submundo digital
Em submundo digital onde o emissário
não é submarino mas tem muita escória
humana, viajava um voyeur c’ a estória
de nunca conseguir voltar do mar ao rio;
um mar de efluentes era o desejo
adoecido e doido, doído e ao ensejo
do gatilho da ânsia vinha a recidiva,
de assistir pornografia sem uma diva
doidivana sem pudor que aceitasse o amor
de uma psique insana que gozava em dor
seu sadomasoquismo, com muito conflito;
até que começou a ver fotografia
de uma gata linda que disse o queria,
e o ensinou na cama a não ser mais aflito.