Um infinito amor nas nuvens do Infinito
Nas brumas da saudade há beijo apunhalado,
viés de amor perdido em luz-paixão fecunda.
Revivo na lembrança o olhar que afoito inunda
de verve entusiasmante a flor desse pecado.
O céu transborda em cor e abriga o sonho amado,
que em mar interstellar formoso se aprofunda.
No palco sem festim de história moribunda,
atesto em pranto d’ouro o fausto do passado.
Dilúvio no jardim – ah! vida mentirosa!
Silêncio faz morada e assume a cor do cisne,
que é negro ao cintilar do Sol em verso e prosa.
Entrego-me à tristeza – há dor em tempo inteiro!
O sofrimento aflora e canta em pranto tisne,
a busca entre os lençóis do teu robusto cheiro.
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 26 (17h26) e 30 de abril de 2017 (00h17)