LUA
A quem darei esse clarão da lua?
A mim...certeza que o acolho tanto,
Que faz no aqui o anular do pranto
Que nunca proveu a minha alma nua!
Alma branca, sem cor, sem formosura,
De olhos compridos, a escolher o canto,
A procurar o compromisso, entanto
A responder ao amor, doce pintura.
Aresta seca, inteira e tão completa
Que busca curar ferida doída,
A recusar a sala assim dileta,
Percebendo entre vagas recebidas,
O assim calor da luta bem direta,
Vidas inteiras desenhadas, lidas.