LUA

A quem darei esse clarão da lua?

A mim...certeza que o acolho tanto,

Que faz no aqui o anular do pranto

Que nunca proveu a minha alma nua!

Alma branca, sem cor, sem formosura,

De olhos compridos, a escolher o canto,

A procurar o compromisso, entanto

A responder ao amor, doce pintura.

Aresta seca, inteira e tão completa

Que busca curar ferida doída,

A recusar a sala assim dileta,

Percebendo entre vagas recebidas,

O assim calor da luta bem direta,

Vidas inteiras desenhadas, lidas.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 11/07/2017
Reeditado em 11/10/2017
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