POÇO PARNASIANO

Senti que as pálpebras se encolheram

E já num abismo me encontrei imerso...

Se não nadar ao cimo do meu verso

Posso afundar nos versos que escreveram.

Não quererei! Tenho meu próprio poço

De água doce, um poço artesiano...

Melhor que a foça suja de Fulano

Onde tem versos livres de Seu Moço!

Quero a caneta! A água está na beira!

Quero um papel! Assento-me à cadeira

E com o balde puxo a inspiração...

Verso por verso sai, e eu me sacio,

Beber de água pura é um desafio

Como acertar na metrificação.

Jackson Viana
Enviado por Jackson Viana em 10/07/2017
Código do texto: T6050317
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