CLICHÊ
Se um dia flor tu ficares só
Sobre a estrada dessa fria vida
O meu coração casa de acolhida
Há de te achar pois de ti tem dó
Esse olho âmbar no meu cafundó
Vai sinalizar a légua comprida
Decerto avivar teu borogodó
Minha mise-en-scène desfalecida
Se porventura lembrares d’outrora
Minha alma insta e meu olhar implora
Pelo teu sorriso e melenas fartas
Faz até soneto meu amor não partas
Sou poeta pobre sem nenhum dinheiro
Mas te dou o céu e o mundo inteiro...