Teu
Você, essa sensação estrita
que me pede por devassá-la,
muito antes numa escrita
muito depois por-me a amá-la.
Você, essa comoção estreita
que se não me acomete o peito
põe-se em tocaia à espreita
sem que se esconda direito.
Eu, perdido, ou solto,
sem eira nem beira,
em qualquer soleira.
Sem sol, exponho-me torto,
a exprimir-me nesses versos
a expremer-me um soneto.