ESTRELA INVENTADA
No éter, a parca estrela inventada
Esplende em azul minha útil mágoa,
Tece a coroa de flor descorada
na agulha fina da unha tintada.
In*ven*ta*da sem planos, rascunhada,
Sem ideia do que quer ou do que é,
Rabisco roto, então redesenhado,
Na distraída noite tão sem sé.
Mas brilha e confunde o desencanto,
Calcado em desalinho em meu chão,
Feito de nus vapores de meus campos,
Que às vezes dizem sim;mas sempre, não.
Por isso eu espero tanto e tanto
O pouso leve, vez de outra emoção (razão).