LUZ

A luz do dia canta em ampla calma,

Boceja indiferente, água de mina!

Não pede palco, aplauso e cortina,

E brilham em ti os olhos e a alma,

É assim a vida reta e sem usura

Pede o simples, a água limpa e o pouco,

No ar o grito para ouvido mouco,

E beleza para procura pura.

Fio de luz tecendo fina renda,

Terra umedecendo em amor: semente!

Árvore oferecendo a doce tenda,

Para o sono que abraça o ser que o sente!

O mundo em glória, feito sem contenda,

Desejo de tua vida que não mente.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 16/05/2017
Reeditado em 25/09/2020
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