A Sindrome de Morcego

Não sendo alomorfia, mas parece

Algo que não logrou o desidrato,

Uma estranha mistura, ave e rato,

Que odiando a luz, sai quando anoitece.

Em voo muda de rota e retrocede,

Num ziguezaguear intimorato,

Dorme dependurado, sem ornato,

Causa desconfiança e ainda fede.

Porém não está so neste universo,

Onde o certo é o avesso e o inverso,

Tangido por um sopro sujo e laxo...

Há quem prefira a vida de morcego,

Voando no escura em desassossego,

Com tudo de cabeça para baixo.

Nossa Senhora do Socorro - Sergipe, 06/004/ 2017

. do Socorro- Sergipe, 06/04/2017

Um Piauí Armengador de Versos
Enviado por Um Piauí Armengador de Versos em 08/04/2017
Reeditado em 06/05/2020
Código do texto: T5965053
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