soneto 118
soneto 118
O futuro humano no bom gesto
permitido ao bom é ser salvo sim
de agonias à glória hoje vim
do mundo inconsequente eu nunca presto.
Mas se suspiro não sou mero resto
da caricatura óbvia amarga em mim
destarte abandonei a torre de marfim
no cotidiano em lutas eu me testo.
Minha carne sucumbe em sacro incesto
como o santo em madeira cai ao cupim
decompondo-me em minha vida o fim
que de meu ser ontem dizia detesto.
E se evoluir-me é meu bom caminho
eu nele trilharei feliz sozinho!
15/12/2016