soneto 119
Soneto 119
Se lamento a vida, é bastante curta
num suspiro de um só clamor bem meu
no existir, onde só luta se deu,
o tempo assume e, tépida, a alma surta.
Eu sou estrada e história, meu bom truta
eu sou o chamado do ódio o cru museu
eu me vingo do mal ao existir seu
porquê sofri na inglória tensa luta.
A minha alma era como a virgem mata
para viver com muita luta e medo
pois eu passava pasma imagem grata.
Na vida ganha quem luta de cedo
e quem devolve, a altura, todo tapa.
Tanto faz se aceitamos este enredo...
18.2.2017