soneto 119

Soneto 119

Se lamento a vida, é bastante curta

num suspiro de um só clamor bem meu

no existir, onde só luta se deu,

o tempo assume e, tépida, a alma surta.

Eu sou estrada e história, meu bom truta

eu sou o chamado do ódio o cru museu

eu me vingo do mal ao existir seu

porquê sofri na inglória tensa luta.

A minha alma era como a virgem mata

para viver com muita luta e medo

pois eu passava pasma imagem grata.

Na vida ganha quem luta de cedo

e quem devolve, a altura, todo tapa.

Tanto faz se aceitamos este enredo...

18.2.2017

Leandro José Ferreira
Enviado por Leandro José Ferreira em 28/03/2017
Código do texto: T5954519
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