O amor
O amor também demanda inteligência;
é pérola de ourives burilar, safira?
Exige que um ao outro nunca fira
e a prioridade se houver a urgência;
é uma safira azul, que o tempo ao vir do espaço
fez mais bela, na joia da união entre o casal,
poesia a ser cantada em um gazal,
por um mestre igual Tufiz, pois tem mormaço
de um calor humano ao corpo estreitado,
por quem afetuoso deita ao lado,
e beija e faz amor e tem também descanso;
vem da sabedoria em forma de ditado,
sai do senso comum se precisar o amado,
jamais briga c’ outro ao ponto de haver ranço.