Naufrágio

A fonte subliminar dos meus sentidos,

jorra valores refutados sem querer.

São estertores de sonhos proibidos

ou virtudes que não soube merecer?

Liberto-me num suspiro sincopado,

que descomprime uma ansiedade

a lembrar um suspiro equivocado

esquecendo uma angústia de verdade.

Visto um olhar de chuva no dia mais frio,

ao jeito de espera dum sol que inventasse;

como se nascera dum ventre vazio

ou se merecesse um sol com disfarce.

Barco encalhado num estranho baixio!

Perdeu remo e vela... ai que desenlace!...

sfich
Enviado por sfich em 14/03/2017
Reeditado em 14/03/2017
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