FS 07-02-17
Como cães vadios as saudades fazem festas
Nas serestas das nossas solidões!... As arestas
Que o tempo simplesmente quis ou intentou...
Perpetuam-se nas sementes dos velhos frutos
 
Que vingaram e se consolidam!... Sementes,
Umas boas outras nem tanto, mas que vingam...
 Ressurgem árvores frutíferas e sementes...
Que às vezes choram, renegam, excomungam!...
 
Mas no fundo, voltam como águas correntes,
Porquanto foram e são afluentes dos velhos rios
Que hoje estão doentes!... Ah!... Como me rio
 
Destes descendentes, que renegam as correntes,
Das quais foram seixos, fizeram-se de pedras,
Mas nunca se purificarão se não virarem rios!
 
Um dia, deles, infelizmente, rirei!...