MEUS PÊSAMES POR QUEM FUI

Esta fui eu! Esta que está na cova.

Quem hoje sou nasceu de garra e luta!

Batom em freira, hábito em prostituta...

Tudo de mim há compostura nova!

Não entalhei epitáfio de luto

Neste marmóreo que cobre o que resta.

No que morri, sugiro que não presta!

Há alma limpa em novo corpo bruto!

Eis a mulher que varria e lavava,

Que digeria o engasgo que lhe dava

Toda a pungência acerca do apogeu...

Mas renasci, me recompus pra vida!

Não hão de ver-me nunca mais caída!

Desde que vivo, essa mulher morreu!

Jackson Viana
Enviado por Jackson Viana em 01/02/2017
Código do texto: T5899163
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