MEUS PÊSAMES POR QUEM FUI
Esta fui eu! Esta que está na cova.
Quem hoje sou nasceu de garra e luta!
Batom em freira, hábito em prostituta...
Tudo de mim há compostura nova!
Não entalhei epitáfio de luto
Neste marmóreo que cobre o que resta.
No que morri, sugiro que não presta!
Há alma limpa em novo corpo bruto!
Eis a mulher que varria e lavava,
Que digeria o engasgo que lhe dava
Toda a pungência acerca do apogeu...
Mas renasci, me recompus pra vida!
Não hão de ver-me nunca mais caída!
Desde que vivo, essa mulher morreu!