Camenas
As musas delineadas pelo estro
do vate que na alma encontra
cabal a camena, qual pronta,
são da poesia o genuíno metro.
Por assaz metrificado o poema,
tecido por balizas intangíveis,
tenderá pelos indefectíveis,
mesmo até pel’apuro da pena.
Se é o estro imanente ao poeta,
bem fluirá esse por ser desobrigado,
que por certo detém o dom libertário.
Não irá carecer a poesia de meta
para perenizar o seu excelso legado,
conforme povoem as musas o imaginário.
Inverno de 2016
Alzx© Alexandre J de A Gomes
Manhuaçu, MG, 29 agosto/2016