E quem ousará viver o amor santo da eternidade?
Quando o fogo calar nos corpos a louca paixão...
E na coluna, não correr mais o arrepio ardente
Amar, no tédio dos dias, insistente e firme afeição.
Quem se atreverá à tocar a face do amor perene?
Ainda quando a carne não fremir ante o abraço
E versejar os versos maduros da poesia incansável
Nos dias que se arrastam. Nas horas do cansaço...
Amar os olhos perdidos. Já opacos do brilho da luz
E benquerer ainda mais, visto que são lembranças
E num repente, unir as bocas. Afável sublimação.
Quem intentará o dulçor de um acalento tão sublime?
Quando o sol do meio dia não aquecer o ser frágil
E serem ambos, a essência do amor maior. Devoção!