SEGURANÇA
Não deixo mais a dor bater em minha porta!
Dispenso do portão, digo que não me encontro,
Outrora quando vinha já me tinha pronto,
Hoje não mais a deixo, e a desejo morta!
Já fui demais aberto, muito acolhedor,
Tudo o que o mal trazia eu abrigava em mim,
Quanta fé que portei custou-me quase um rim,
Hoje me recompus, hoje me dou valor!
Eu tinha meu portão aberto o dia inteiro,
O jardim só de flores, para que colhessem,
A porta escancarada sem ferrolho e trinco.
Agora pouco a pouco aguo meu canteiro,
Não vi mais males dentro sem que eu recebesse,
Não vi galo de dor cantar antes das cinco!