Mãos em prece
Como a gaivota que voa
Soberana nos espaços
Existe muita alma boa
Oferecendo os dois braços
No entanto, quanta pessoa
De sentimentos escassos
Carregando a vida à toa
Tende passar maus pedaços
Bom coração nunca esquece
Fazer o bem não é perda
É o agasalho que aquece
Murmuro com as mãos em prece:
“Não saiba minha mão esquerda
O que a direita oferece”.