TERCEIRA IDADE

Na densa folhagem de um rico jardim

Gravitam pássaros em busca de pão,

Que a velhice do homem faz questão

De lhes oferecer a meio do chinfrim.

Não precisa sair do seu banco ornado,

De velha madeira aqui e ali trabalhada

Alguém que alimentava a passarada,

É tudo o que ele quer ao ser lembrado.

Passa os dias nisto, o velho ancião,

Para matar o tempo e rejuvenescer,

Quando as aves lhe vêm comer à mão.

O sol está no seu zénite e o velho,

De regresso a casa, pára para comer,

Uma côdea de pão velho e relho.

Jorge Humberto

23/07/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 25/07/2007
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