SOBREVIVÊNCIA
Este poema, que ora screvo, tendo
O rio à minha cabeceira e a noite
Por companhia, ora permanecendo
Inquieto, ora da palavra o vil açoite,
Fi-lo sem pensamento ou emoção,
Que, o que rege o comportamento,
Ainda é bem lá no fundo o coração
E todo o seu assaz conhecimento.
E neste invólucro sinto que cresci,
Firmei mil raízes e reneguei o mal.
E é por isso que digo que sobrevivi
À custa de muito sofrimento e dor,
Enfrentando da palavra o desigual
Tratamento, subtraindo meu amor.
Jorge Humberto
22/07/07