Tomando o pulso a minha alma,

pressenti arritmia em seu sentir...

Só depois, que me pareceu mais calma,

é que vi: tinha medo de me ouvir;

Mas teve que ser, e então chorei;

Chorei pela dor alheia que não tinha,

pelos afectos que perdi e já não sei...

assumia a dor alheia como minha,

se encontrasse os afectos que perdi.

Inevitável surto de amargor;

eis a dor que nunca consenti.

Já quase a resvalar para o torpor,

a providente lágrima que senti,

salvou-me por dentro, com ardor

sfich
Enviado por sfich em 21/09/2016
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