Teus amores ao nada

Todos os teus amores são malditos.

Como rancores não arranjados,

e arranjos extirpados não vistos.

Atrasos em versos não contados.

Uma história em contos de versos.

De versos amargos por tua língua,

tristes por teus signos perversos,

mortíferos a deixar-te à míngua.

Todos os teus amores são malogrados

em tua ânsia por não se deixar tocar.

Em tua glória por prevalecer só.

Teus amores amaram-te apressados

por te satisfazer esse suicidar-se,

por repousar-te solitária ao pó.