VERSOS ETERNOS
A lua tece a estrada... E a eternidade
abre o portal do etéreo firmamento.
Enfim, a vida, sem dor, falsidade...
Enfim, o peito livre de tormento.
Não mais o véu que turva a realidade
da plenitude, onde há o entendimento
do amor que existe na simplicidade...
Do amor maior, alheio ao sofrimento.
Além dos passos da térrea jornada,
por entre as ruas de luz constelada,
anda o poeta, versejando, em paz.
Semeia versos de encanto e ternura...
Irriga sonhos... Cobre-os com doçura...
E Deus se encanta – como o fez jamais!
(Quando o amigo e poeta MIGUEL RUSSOWSKY partiu)