QUANDO DEIXEI A DROGA
Sociedade das maiores atrocidades,
Pondo rótulos dos mais descabidos,
Põe em dúvida toda uma mocidade,
Por se encontrarem desprevenidos.
E, a droga, que lhes corre no sangue,
É só uma de entre muitas desgraças,
E é velos perdidos, pobres, exangue
Caminho e dos outros poucas graças.
Também eu fui como eles, ditoso dia
Em que te conheci – ó coisa maldita!
Eu já não era gente mas pura enxovia
Que me levou ao degredo da prisão.
Mas erguendo-me foi da débil desdita
Que recuperei intocável meu coração.
Jorge Humberto
19/07/07