Alcácer-Quibir
Amália, Camões, versos magoados
Marasmo de Morfeu, que não perdoa
Ascendentes futuros doutros fados
Cantados (Lá menor) em Nau de Goa
No comboio descendente de Pessoa
Um estridente trepidar para quem souber
Que é azul o céu em «Alcácer-Que-Vier»
Está prevista neblina para Lisboa.
Irá permanecer teimosa sem saber:
que a saudade, enfim...é o nosso jeito
E que é vã a tentativa de a vencer.
Mas em gesto inusitado e rarefeito,
Anda turvando olhares, por não querer
Que o mundo nos olhe com respeito.