Bem do bem maior
Quando a insegurança abstêmia
do amor vem embriagar homem covarde;
embriagado antes com cana e Boêmia,
ainda em desamparo e incapaz de alarde,
talvez lhe salve a vida um amor oceânico;
após o meio-dia, e após atravessar
crepúsculo adiado ao vencer o pânico
de mais amores parcos, sobre quais versar.
Bebida espumante como água do mar,
vertida em duas taças do cristal mais puro,
reluzente em bolhas no claro-escuro
tempo de curso mágico, ignorado,
antes de visão realística de moça em prado,
para o mal do bem e para o bem do mal.