Bem do bem maior

Quando a insegurança abstêmia

do amor vem embriagar homem covarde;

embriagado antes com cana e Boêmia,

ainda em desamparo e incapaz de alarde,

talvez lhe salve a vida um amor oceânico;

após o meio-dia, e após atravessar

crepúsculo adiado ao vencer o pânico

de mais amores parcos, sobre quais versar.

Bebida espumante como água do mar,

vertida em duas taças do cristal mais puro,

reluzente em bolhas no claro-escuro

tempo de curso mágico, ignorado,

antes de visão realística de moça em prado,

para o mal do bem e para o bem do mal.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 16/08/2016
Código do texto: T5730196
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