SONHOS E ILUSÕES
Sonho-te, como um devaneador
Que imprudente insiste te sonhar,
E meu coração, insano e sonhador
Fantasia, persistindo no devanear.
No sonho, sou um incauto jardineiro
Cultivando amores nos jardim da vida,
E incrustada, em um cacto espinheiro
Você, uma bela flor ainda não colhida.
Soberba, joia rara entre mil espinhos
Perdida, por aí entre tantos caminhos
Sofre como eu, das dores de solidão.
Prisão? Talvez!... essa flor enclausurada
De entre mil pontas espinhosas enjaulada
Fere meus sonhos, fere minha ilusão!