Quem sou eu? digo não sou!
Surgi sem me chamarem, como o vento,
Cai de cima como as chuvas
Debulhadas do céu como por encanto.
Nada sei de mim, nada sei!
Apenas digo: ainda não me li;
Sou incógnita como noite escura
Brotei da terra, apenas surgi.
Não sou nada, nada mesmo!
Nasci e morri no mesmo segundo
A mínima parcela de um átomo,
Do todo, não sou nem isso aqui...
Se me procurares em algum momento
Lembre-se: nunca existi;
Sou, fui, serei, talvez... apenas...
Um fiapo das letras que escrevi!