ESTOU MORTO

Essa angustia, como uma espada afiada

Empalada em meu peito de carne ninho

Abraça sutil a dor que lampeja baixinho

Gritos de morte em minha alma penada.

Devem ser pragas de espíritos do além

Me vendo perdido, assim sem esperança

Em insistentes lampejos de lembranças

Me deixando a deriva antes do amém.

Não é opção a felicidade em meu peito

Nem mesmo é algo que sonho, ou almejo

Não sendo possível, me calo, não desejo.

É assim que venho vivendo, em desgosto

Tendo ainda que sorrir a todo momento

Para parecer estar vivo... estando morto!