soneto 82
Soneto 82
Muita poeira da vida a velha estrada
não há sombra tranquila no caminho
sempre um saqueador de sonhos mesquinho
torna a fé e a esperança em insosso nada.
Amargo a culpa em minh'alma cravada
desafortunado e muito sozinho
o meu sucesso o conto bem pouquinho
e muitas marcas de duras pedradas.
Cavalgado eu feliz pelo pecado
não trago a esperança torpe ao meu lado
Sou só espírito frio que se contenta
Amanhã reata um frio saco de ossos
obrigue a amargar os pecados vossos
desiludai, tu não tens alma isenta.
08/05/2016