soneto 66
Soneto 66 - A miséria dos meus versos.
Soneto 66 - a miséria dos meus versos
São muitos os meus mistérios num claro luar
um ser recheado de doses de medo
soluço e desespero ao dia cedo
lamento de morrer-se devagar.
Exauro meu ontem aberto no olhar
doce Norte é angústia e dor e segredo
esta vida, meu cárcere e degredo
deleites, vastos prantos como o mar.
Capitaneio a sem fim fuga de mim
um dia sim eterna paz cheio enfim
quando minha paz for da morte o canto.
Mortos espasmos de um ser grato
nossa alma ensandecida é doce fato
angústia do homem o recluso canto.