Esta não é a foto do meu primeiro baile, a qual não tenho comigo, mas do baile da minha formatura no Curso Normal. Foto antiga, desgastada, que tentei recuperar, somente para alimentar um pouco as saudades... Escrevi o poema ao som da Valsa das Flores, para relembrar-me da época na qual nos transmutávamos em borboletas humanas, eu e minha irmã - minha doce e meiga "Zizi" - tão leves, aos braços do nosso belo e querido papai.
A valsa da flor enquanto bela

Retoco meu baton, confiro o colo belo...
dourado, tudo em mim, sou quase uma aquarela!
Namoro o arfante seio, acendo meu castelo
e sigo em frente e anseio alar meu ser donzela!


Esboço meu sorrir, madeixa solta em elo...
não sei o que me aduz, é novo em mim gazela!
Cupido rodopia hiante ao seu libelo
e esgueiro-me ao cruel, pressinto o que revela!


Chegada ao paraíso encontro o cavalheiro,
de olhar tão infinito, azul perfeito e lindo!
Estendo a mão em luva ao beijo almiscareiro.


Num susto, num suspiro, arroja-me à loucura,
entrego-me graciosa, altiva e enfim sorrindo!
Valsar, quero valsar... valsar... ser só ventura!

Cabo Frio, 1º de abril de 2010 - 22h35
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 01/06/2016
Reeditado em 23/08/2016
Código do texto: T5654120
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