soneto 06
Soneto 06
Na pulsante e febril sanguínea ferida
do peito abatido e canceroso agonizante
após poucos instantes uma vida condoída
do modo etéreo, translude o amante.
Poucos, ah, Poucos! De coração sempre loucos
cantando na barca de navegador Caronte, o rouco
serpenteando pelos ares a fumaça opaca
daquele cuja vida encena pura bravata.
Encerramos aqui o capitão destino
marasmo ácido da doce vida velha
nova em maldição, tal qual eterna centelha.
Mesmo os desiludidos desde menino
a ancorar a alma no mundo da amargura
possam também eles amar sem censura.
17/02/2015
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