soneto 55

Soneto 55

Súbito  um véu denso sobre mim cai.

Absorvo  a sentença hábil da morte

Quando engulo um ímpeto de "Grite! ".

Calo-me em choro e rezo íntimo ao pai.

Oh Deus misericordioso,  ouvi meu "ai"!

Em desespero a minha sinusite

Estoura em súplica intensa e me assiste

Da alegoria de minh'alma e se vai

Porém nesse cosmo tudo é  falácia

E transcrevo em versos outra mentira

C'oa unha rasgo minha pele macia

A desgraçada é  vil e ainda me inspira

Nas noites a mãe bruxa me dizia

"Humana alma qual gelo dura é fria"

30/03/2016

Leandro José Ferreira
Enviado por Leandro José Ferreira em 28/05/2016
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