soneto 55
Soneto 55
Súbito um véu denso sobre mim cai.
Absorvo a sentença hábil da morte
Quando engulo um ímpeto de "Grite! ".
Calo-me em choro e rezo íntimo ao pai.
Oh Deus misericordioso, ouvi meu "ai"!
Em desespero a minha sinusite
Estoura em súplica intensa e me assiste
Da alegoria de minh'alma e se vai
Porém nesse cosmo tudo é falácia
E transcrevo em versos outra mentira
C'oa unha rasgo minha pele macia
A desgraçada é vil e ainda me inspira
Nas noites a mãe bruxa me dizia
"Humana alma qual gelo dura é fria"
30/03/2016