Soneto 54
Soneto 54
Um café doce ao meu amargo espírito
Ao som de boas músicas más lembranças
Dinheiro o banco é cheio, o peito um vago
Da estrada do fracasso o andar me cansa
O meu mortal pecado? Jamais pago!
Sem culpa formal em minh'alma densa
E se o rancor espúrio não compensa
É bênção ambígua o não se esperar algo
No caminho do todo em si só nada
Seguir não posso ao sincero não tema
Existir sem sentir, jornada a errada.
Destilo fiasco, meu podre poema
Vida uma de mentiras já cansada
Meus versos sem a métrica serena...
29/03/2016
Soneto 54 Lilith Hell Hill