SÓ A FALTA DO AMOR SEPARA

Vens sorrindo para mim, devolvo-te o sorriso,

Mundo encantado onde pouco mais é preciso

Do que o amor, que me dás tão gentilmente,

Fazendo-me sentir como a um qualquer crente.

E quando caminhas és qual dançarina, urdida

De caxemira e alecrim, retendo o sopro da vida

Em mil trejeitos alicerçados, quando danças,

Qual menina esquiva, em corrupios de tranças.

Teus passos tão serenos, teu jeito encantador,

De quem sabe o chão que pisa, traz consigo

Toda a candura, e em seu peito dorme o amor.

Que se abatessem aqui todos os cataclismos…

Que tu desaparecesses sem me levar contigo…

Ainda assim tudo isso seria apenas sofismo.

Jorge Humberto

13/07/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 14/07/2007
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