SONETO AMBIVALENTE

Estando imerso e preso em uma ilha

De indecisões findas do amor conciso,

A culminância rigorosa brilha

Nos versos áureos desse seu sorriso.

O soneto porém não compartilha

Toda a clareza deste branco e liso

Feitiço: uma magia ou armadilha

- Entrelaçando sinergia e aviso -

Que desordena o envolvimento lindo

Em desvantagem risco, infelizmente.

Pois no arremate da paixão fluindo

Esse embaraço da razão da mente

Produz angústia e afasta o que é bem-vindo

Enquanto o riso foge ambivalente.