soneto 71 -minha morte, meu enterro.
Soneto 71 - minha morte, meu enterro
Imóvel meu frio corpo sem vida
é velado sem choro e com empadas
caixão fechado alma dilacerada
patética jornada mal sentida.
Porém eu da vida a ovelha a contida
no velório com ninguém eu sou nada
e involuntária minha boca babá
conquanto ninguém vence ao fim da vida.
Mamãe afunda em sinceras lágrimas
uns outros se resignam mas sem pranto
"Esquecido", n'almas mortas te imprimas.
Protagonizo o enterro e desencanto
o fim cru de minhas pobres rimas
eu desço ao túmulo e não deixo tanto
21/04/2016