Soneto 52

Soneto 52 - Brasil pérfido

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Eu sofro a angústia morna dos cínicos

E nessa era cujos valores pífios

Travestem-se em mui deveres cívicos

Máscaras belas aos humanos frios

Sentidos são poucos e bem timidos

Correm o desgosto e a dor em vãos rios

Nos templos vivem de ilusão remidos

Choram loucos das preces os envios

Um povo crê por Deus ser amado

Mas essa gente a si mesmo mentiu

Nessa guerra aniquilaram seu lado

Perdidos no mar de medos sutil

Mortal rancor jamais não foi deixado

És  terra estranha,  oh pérfido Brasil!

Soneto  52 - Brasil pérfido

25. 03. 2016

Leandro José Ferreira
Enviado por Leandro José Ferreira em 19/05/2016
Código do texto: T5640189
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