Soneto 52
Soneto 52 - Brasil pérfido
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Eu sofro a angústia morna dos cínicos
E nessa era cujos valores pífios
Travestem-se em mui deveres cívicos
Máscaras belas aos humanos frios
Sentidos são poucos e bem timidos
Correm o desgosto e a dor em vãos rios
Nos templos vivem de ilusão remidos
Choram loucos das preces os envios
Um povo crê por Deus ser amado
Mas essa gente a si mesmo mentiu
Nessa guerra aniquilaram seu lado
Perdidos no mar de medos sutil
Mortal rancor jamais não foi deixado
És terra estranha, oh pérfido Brasil!
Soneto 52 - Brasil pérfido
25. 03. 2016