soneto 84 (pseudossoneto)

Soneto 84

Vivo meu apanágio denso inconsciente

desejos enrigecem meu pecado

padeço  sem mortal culpa ao meu lado

amo agora apenas e loucamente.

Minha alma debochada a mim não mente

sarcasmo no rosto duro marcado

eu sou a peça com final ruim dado

apenas fogo morto e reticente.

Imaturo, culpei infiel ao destino

como o faz o conformado cretino

e  a besta ao abandonar os filhos seus.

A culpa na vida é  um curto momento

invisível ao homem, que, desatento

zomba histérico e não teme a Deus.

10/05/2016

Leandro José Ferreira
Enviado por Leandro José Ferreira em 18/05/2016
Código do texto: T5638943
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