soneto 84 (pseudossoneto)
Soneto 84
Vivo meu apanágio denso inconsciente
desejos enrigecem meu pecado
padeço sem mortal culpa ao meu lado
amo agora apenas e loucamente.
Minha alma debochada a mim não mente
sarcasmo no rosto duro marcado
eu sou a peça com final ruim dado
apenas fogo morto e reticente.
Imaturo, culpei infiel ao destino
como o faz o conformado cretino
e a besta ao abandonar os filhos seus.
A culpa na vida é um curto momento
invisível ao homem, que, desatento
zomba histérico e não teme a Deus.
10/05/2016