Soneto 74 "maldito mundo "
Soneto 74
Transborda em falsidade nossa vida
rodeados estamos: famintos ratos
às nossas costas blasfemam ingratos
pois veneno excreta a alma corrompida.
Conviver com o falso há quem decida
o sincero desiste e grita: "parto"
nem todo humano tem sangue frio inato
àqueles d'alma bem emputecida.
O tolo implora ajuda num suspiro
enquanto desiludido eu deliro
a falsidade com loucura é paga.
Rir sem ódio da alma se tanto mente
maior algoz é o medo certamente
e nossa visa lhe dá a melhor vaga.
24/04/2016