Soneto 74 "maldito mundo "

Soneto 74

Transborda em falsidade nossa vida

rodeados estamos: famintos ratos

às nossas costas blasfemam ingratos

pois veneno excreta a alma corrompida.

Conviver com o falso há quem decida

o sincero desiste e grita: "parto"

nem todo humano tem sangue frio inato

àqueles d'alma bem emputecida.

O tolo implora ajuda num suspiro

enquanto desiludido eu deliro

a falsidade com loucura é paga.

Rir sem ódio da alma se tanto mente

maior algoz é o medo certamente

e nossa visa lhe dá a melhor vaga.

24/04/2016

Leandro José Ferreira
Enviado por Leandro José Ferreira em 17/05/2016
Código do texto: T5638611
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