Soneto 62 (decassílabos pseudoritmicos, neo-classico) "os pastos caminhos meus"
Soneto 62
Olho triste os pastos caminhos meus
perdi e já nem sei mais se ou de onde vim
se tivesse a lira doce de Dirceu
não choraria tanto, pobre de mim.
Diáfanos Campos e idéias, oh sim
O puro sentir encoberto com véu
nem vi quando tanto bem querer morreu
por isso todo conto chega ao fim.
Minha doce querida, onde está ela?
Era tanto amor nesse bosque ontem
e o seu perfume aflora ainda na cela.
Os campos de saudade me mantém
morto-vivo longe de minha bela
nos belos pastos infeliz refém
10/04/2016