Soneto 89 (com pseudo decassílabos heroicos)
Soneto 89
Singela, ela é uma bruxa do demônio
mortal torpor a alma leve amará
feliz tristão aqui bem sofro e acolá
fiel eu não sou, inconsciente me oponho.
Foi perdido, é cruel olhar tristonho
no dissabor final decidi ouví-la
passado não se consome enquanto há
duro amor se é sentimento medonho.
Sendo amargura a cruel deusa à porta
não choro meu vil sofrer d'alma imenso
A flor de um só florir bem pouco importa.
Exausto a andar, no obtuso livre penso
caso fatídico, minh'alma morta
em cada rosto há um frustrado tenso.
15/5/16
Leandro José Ferreira