Soneto 72

Soneto 72

Brilha o sol e do mundo a vida aquece

flores, bichos, do existir a cadeia

e, homem, sou de alma vazia ou meio cheia

viver é círculo mas só existe esse.

Na luta diária o clamor: vive-se

quem a vence toda não aceita meia

a plenitude é utopia e serpenteia

se habita as alturas amanhã desce.

Ao navegar a vida numa bóia

pedras a furam e ao fundo vão as jóias

as águas cruéis repudiam ao medo.

Finitas e turvas as águas da vida

alegre mas triste, bela e sofrida

ela acabará em nada, tarde ou cedo.

22/04/2016

Leandro José Ferreira
Enviado por Leandro José Ferreira em 14/05/2016
Código do texto: T5634918
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