Soneto 45
Soneto 45
Aperto os passos em surdo terror
e logo agora vai raiar o dia
o medo logo irá me decompor
sinto na boca o rubor de vadia.
Meu puto peito cheio de calor
e tanto desejo (hoje medo) ardia
só no medo dos passos lhe marcou
a ferida aberta à garra de harpia.
Porém a coragem súbito inflama
(papel guerreiro do nada me inspira)
viro num brusco gesto de campana.
A visão dissipa a fútil irá
seu riso o leque em muita cor abana
então a moça da China o seu véu tira.
27/11/2015