De santos e anjos
Eu levanto meus olhos
e vejo a face impassível.
Os carrascos resguardam-se,
protegem-se sob a cruz.
Fronteira cruzada
na carne a queimar;
na mente a perder-se.
Corpo feito em pus.
Pus colhido ao prazer;
Prurido a intensificar-se;
Avermelhar-se sob a luz.
Carnificina anunciada
a escudar-se na inocência
a quem a torpeza seduz.