SONETO A UM PASSARINHO ENGAIOLADO
SONETO A UM PASSARINHO ENGAIOLADO
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Passarinho, porque chora triste no poleiro,
Dou-lhe água, atenção, segurança e comida,
Nunca lhe deixo só por toda a minha vida,
E repare como é grande este seu viveiro.
No mais, já lhe sou um bom companheiro,
Pra que juntos o admire as suas cantigas,
Pelas mesmas respeitosas e costumeiras guaridas,
Que carrega, ao invés de um valioso dinheiro.
Porque? O que lhe resta é somente cantarolar,
Lhe sirvo pela hora certa, sem nenhum atraso,
Porque chora, reconheça que faço as suas vontades.
Que principalmente, tudo ao menos não é só falar,
Nem pelo pouco, as suas razões tenha que por tudo criar caso,
Porque sei que na verdade lhe interessa é a sua liberdade.