SONETO DA CIDADE PARTIDA (Para o Rio de Janeiro)
A violência faz tocaia
Em toda e qualquer esquina
Em cada pedaço de rua
Com ares de quem domina
Perdeu-se a paz
E um naco de esperança
A cidade aqui não mora mais
Arrumou as tralhas, fez mudança
Até o mar já não o encontro
Por pertencer a algum outro
Armado de ódio e faca
Ensaio um parco sorriso
Mas, nem isso hoje eu posso
Agonizante, a alma carioca.
- por Hans Gustav Gaus, heterônimo de José Luiz de Sousa Santos, em 12/04/2016 -