Deverias

Deverias malhar-me à carne e fogo,

na fornalha de nós dois;

E nossa carne a malhar-se em suor,

no doce fogo, pois.

A tornar-se quente, amolecida tez,

brasa em álcool

A consumir o frio, esquecida vez,

as horas cinzas.

Deverias malhar me a carne

já consumida,

mesmo à tua disposição.

Deves reclamar-me tarde

tua querida,

e eu, teu fogo em erupção.